Oh Deus, quanta degradação moral, quanta falta de vergonha na cara, quanto despudor! As faces não mais ruborizam pelos cometimentos de desvios insanos. Não mais nos envergonha perpetrar deslizes e não assumir responsabilidades. Não nos traz mais constrangimentos a covardia, a falta de honradez, que tanto feria o Homem, com toda a acepção que essa palavra pode transmitir. O que antes feria princípios éticos, hoje nem mais arranha. A barbárie já não impressiona tanto, e não aflora o poder da indignação.
Desvios morais resultam em desvios comportamentais que refletem-se nas atitudes éticas, na etiqueta, como diz o teólogo Mário Sérgio Cortela, que são aquelas pequenas atitudes que praticamos no dia-a-dia, como abrir a porta do elevador para que o outro entre ou dar um sorriso de boas vindas para quem chega. Amesquinha-se o comportamento, deterioram-se valores éticos. Assim, privilégios são oferecidos para os supostamente mais espertos e vilipendiados são aqueles que arriscam manter suas atitudes com correção em meio a um turbilhão de maldades neste jardim repleto de ervas daninhas.
Faz-se necessário, com veemência e urgência, erguer os pilares da ética. Com base e colunas sólidas para que não cedam ao primeiro suborno. E que sejam mantidos com firmeza e solidez, sedimentados com os valores e princípios rígidos, oriundos da melhor massa formada desta mistura feita com braços fortes de várias cores, culturas e regiões do nosso povo brasileiro.
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